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O PIUM filmes é um movimento em prol do cinema. Somos núcleo do Cinema Possível no Amapá. “Para nós, cinema é uma coisa prática e feita de forma possível dentro das circunstâncias em que o cineasta está envolvido e, portanto, fazedor do espetáculo. Ele cria o seu próprio olhar, a partir de sua tela de convivência dentro da comunidade e/ou ciclo em que vive.Usamos o termo ‘CINEMA POSSÍVEL’ como extensão de nosso pensar no que tange à necessidade de comunicação abrangente, utilizando formas diferenciadas, inovadoras e criativas de contar uma história.” Jiddu Saldanha (Guru do PIUM FILMES)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PIUM NA LIGA



"Se o cineclube é a instituição do público, é preciso assumir essa condição em sua plenitude. Ou seja, o cineclube é uma instituição fundamental da sociedade democrática, não é uma atividade “filantrópica”, “experimental”, “juvenil”, “amadora” (as aspas indicam o emprego de um sentido pejorativo, de coisa de caráter especial, carente ou exótica, e principalmente desimportante) que se inclua entre as ações de beneficência ou assistência social. Não, o público é a maioria absoluta da população, e é hoje categoria central no processo social, para a reprodução ou para a transformação das relações sociais. A ação cineclubista é central e essencial para a sociedade audiovisualizada.(...)”

Assim abrimos nossa fala, em 28/07, durante o painel dos cineclubistas da cidade no I Seminário Amapaense de Audiovisual repetindo esse parágrafo de Felipe Macedo do livro Cineclube, Cinema e Educação, lido anteriormente pelo Tuto (Coordenador do Univercinema), para nos definirmos e nos estabelecermos. Pium filmes ao lado do Cine Mairi, Cine Estaleiro, Univercinema, Cine Paraíso, Clube de Cinema, Cine Lumière, é um cineclube itinerante. Como disse Alexandre Brito: “o pium é um cineclube flutuante, voa ao sabor do vento, pousa em quem estiver na sua mira e pica.” Não à-toa nossas sessões de projeção são denominadas de Cine Mosquito. 

 

Fechamos o ciclo de nossa participação no Seminário de audiovisual voltando para o começo, queremos fazer nossas as palavras de Alexandre Brito (Gerente do MIS-AP) por ocasião da abertura do Seminário.
Liga Amapaense de Cineclubistas
 
“A camisa pesa com o peso da responsabilidade. A responsabilidade de colocar uma palavra no vocabulário do amapaense: cinema. O amapaense não tem o hábito de pensar e se ver e acreditar que na sua terra produz cinema. Desde já o I Seminário Amapaense de Audiovisual tem uma vitória suprema que é socializar essa produção e a ideia de que se produz cinema aqui também. Parabenizamos a organização. Parabenizamos a imprensa amapaense que abriu suas portas para que o Seminário pudesse socializar informação e garantir que a palavra cinema caísse no gosto  cotidiano do amapaense.(...) Agradecer a todos que se mostraram sensíveis a nossa ideia:construir o audiovisual a médio-longo prazo. O evento foi  produzido coletivamente: nós do Amapá, o público, os cursandos, os expectadores das sessões de cineclubes. O seminário quer trazer propostas ousadas para o cinema amapaense. Esse é um primeiro passo, mas é um passo muito firme.Tem aquela história que tinha uma pedra no meio do caminho. Essa pedra vai ter medo da firmeza do passo que iniciamos hoje. Ela  vai tremer, afastar para o lado e deixar espaço para a gente seguir(...)”


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
                                                                             Carlos Drummond de Andrade





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