Quem sou eu

Minha foto
O PIUM filmes é um movimento em prol do cinema. Somos núcleo do Cinema Possível no Amapá. “Para nós, cinema é uma coisa prática e feita de forma possível dentro das circunstâncias em que o cineasta está envolvido e, portanto, fazedor do espetáculo. Ele cria o seu próprio olhar, a partir de sua tela de convivência dentro da comunidade e/ou ciclo em que vive.Usamos o termo ‘CINEMA POSSÍVEL’ como extensão de nosso pensar no que tange à necessidade de comunicação abrangente, utilizando formas diferenciadas, inovadoras e criativas de contar uma história.” Jiddu Saldanha (Guru do PIUM FILMES)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

4º FOR RAIBOW - Mostra Itinerante chega ao Amapá

O FOR RAINBOW é um dos mais importantes festivais de cinema e cultura da diversidade sexual em nosso país. O Festival foi criado no Ceará, mas há quatro anos ganhou uma versão itinerante que percorre diversos cineclubes do Brasil. Aos poucos o Festival começa a ganhar dimensões internacionais, pois durante as mostras são exibidos filmes do Brasil e de diversas outras partes do mundo, formando um “caleidoscópio audiovisual” de manifestações estéticas da multidiversidade humana vivenciada em nosso planeta.

2011 é o ano da revolução audiovisual no Amapá,  e em sua quarta edição, o FOR RAINBOW – Mostra Itinerante chega ao nosso Estado através do CineParaíso, um dos 150 cineclubes brasileiros selecionados para receber a Mostra.



Em Macapá, a programação contará mostras audiovisuais, exposições multimídia de artes visuais e performance poética conforme a programação abaixo.

Local: Centro de Difusão Cultural Azevedo Picanço (Av. FAB)
Data: 21/08/2011      Horário: 18 h

- Mesa de abertura;
- Exposição de vídeoarte "(OU)VIMOS" - Coletivo Psicodélico;
- Exposição fotográfica;
- Mostra de cinema;
- Performance poética: "MINHOCAS NA CABEÇA" - Tatamirô Grupo de Poesia.
 
Produções selecionadas para o 4º FOR RAINBOW - Mostra Itinerante


(tempo total: 104 minutos)



On my Own
Direção: Yuri Yamamoto - Fortaleza/CE
Um garoto numa eterna busca: a procura de sua identidade, de forças para ser quem é, de alguém para apoiá-lo. Dúvidas e certezas, dois opostos tão naturais nessa idade.


Eu não quero voltar sozinho
Direção: Daniel Ribeiro - São Paulo/SP
A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de uma novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel. 



Brincos de estrelas
Direção: Marcela Bertoletti - Rio de Janeiro/ RJ
Brincos de Estrela conta a história da descoberta do amor entre duas amigas. O curta vai explorando os medos e receios dessa personagem à medida que seus sentimentos vão tomando conta da sua vida.


Homofobia, lesbofobia e transfobia
Direção: Felipe Fernandes - Brasília/DF
O vídeo busca refletir sobre as categorias usadas por ativistas lésbicas e travestis para se falar das violências contra suas identidades. Trazendo vozes sobre os usos dessas categorias, esquadrinha algumas aproximações e distâncias entre a pauta específica destas em relação ao "segmento" como um todo. 
Mostra situações em que o "ser lésbica" e o "ser travesti" produziram particularidades no que tange a discriminação e a violência.


E agora Luke
Direção: Alan Nóbrega - Rio de Janeiro/RJ
Luke é um rapaz que está iniciando a sua vida adulta e é obrigado a se defrontar com os seus valores religiosos, morais, sociais, após um segredo seu ser descoberto.


GLOSSário
Direção: Fabinho Vieira - Fortaleza/CE
Duas travestis, com todo seu carisma e encanto, revelam os significados dos termos e gírias próprios que já caíram no gosto popular.


Felizes para sempre
Direção: Ricky Mastro - São Paulo/SP
Felizes para Sempre faz parte do projeto "Fuking Diferent São Paulo". Essa era a ideia inicial do projeto "achar um casal gay que estivesse junto há décadas" e foi assim que selecionamos as nossas candidatas: através do site e entrevistas com o diretor Ricky Mastro e assistentes de direção Lilian Baldo e Rodrigo Dorado.


Sem Purpurina - Realidade LGBT Na Baixada Santista
Direção: Fernanda Balbino, Lara Finochio,
Lívia Carvalho e Xenda Amici - Santos/SP
O documentário mostra os sonhos, as alegrias, os dramas e a luta contra o preconceito sob a visão da comunidade GLBTT e especialistas.
 

Depois de tudo
Direção: Rafael Saar - Niterói/RJ
Depois do Adeus, veio a espera. Depois da espera, veio o retorno. Depois de tudo, eles desejam estar juntos e um dia é suficiente para esperar o seguinte.


Ensaio de cinema
Direção: Allan Ribeiro - Rio de Janeiro/RJ
Ele dizia que o filme começava com uma câmera muito suave, com um zoom muito delicado e avançada em busca de Bardot.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PIUM NA LIGA



"Se o cineclube é a instituição do público, é preciso assumir essa condição em sua plenitude. Ou seja, o cineclube é uma instituição fundamental da sociedade democrática, não é uma atividade “filantrópica”, “experimental”, “juvenil”, “amadora” (as aspas indicam o emprego de um sentido pejorativo, de coisa de caráter especial, carente ou exótica, e principalmente desimportante) que se inclua entre as ações de beneficência ou assistência social. Não, o público é a maioria absoluta da população, e é hoje categoria central no processo social, para a reprodução ou para a transformação das relações sociais. A ação cineclubista é central e essencial para a sociedade audiovisualizada.(...)”

Assim abrimos nossa fala, em 28/07, durante o painel dos cineclubistas da cidade no I Seminário Amapaense de Audiovisual repetindo esse parágrafo de Felipe Macedo do livro Cineclube, Cinema e Educação, lido anteriormente pelo Tuto (Coordenador do Univercinema), para nos definirmos e nos estabelecermos. Pium filmes ao lado do Cine Mairi, Cine Estaleiro, Univercinema, Cine Paraíso, Clube de Cinema, Cine Lumière, é um cineclube itinerante. Como disse Alexandre Brito: “o pium é um cineclube flutuante, voa ao sabor do vento, pousa em quem estiver na sua mira e pica.” Não à-toa nossas sessões de projeção são denominadas de Cine Mosquito. 

 

Fechamos o ciclo de nossa participação no Seminário de audiovisual voltando para o começo, queremos fazer nossas as palavras de Alexandre Brito (Gerente do MIS-AP) por ocasião da abertura do Seminário.
Liga Amapaense de Cineclubistas
 
“A camisa pesa com o peso da responsabilidade. A responsabilidade de colocar uma palavra no vocabulário do amapaense: cinema. O amapaense não tem o hábito de pensar e se ver e acreditar que na sua terra produz cinema. Desde já o I Seminário Amapaense de Audiovisual tem uma vitória suprema que é socializar essa produção e a ideia de que se produz cinema aqui também. Parabenizamos a organização. Parabenizamos a imprensa amapaense que abriu suas portas para que o Seminário pudesse socializar informação e garantir que a palavra cinema caísse no gosto  cotidiano do amapaense.(...) Agradecer a todos que se mostraram sensíveis a nossa ideia:construir o audiovisual a médio-longo prazo. O evento foi  produzido coletivamente: nós do Amapá, o público, os cursandos, os expectadores das sessões de cineclubes. O seminário quer trazer propostas ousadas para o cinema amapaense. Esse é um primeiro passo, mas é um passo muito firme.Tem aquela história que tinha uma pedra no meio do caminho. Essa pedra vai ter medo da firmeza do passo que iniciamos hoje. Ela  vai tremer, afastar para o lado e deixar espaço para a gente seguir(...)”


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
                                                                             Carlos Drummond de Andrade