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O PIUM filmes é um movimento em prol do cinema. Somos núcleo do Cinema Possível no Amapá. “Para nós, cinema é uma coisa prática e feita de forma possível dentro das circunstâncias em que o cineasta está envolvido e, portanto, fazedor do espetáculo. Ele cria o seu próprio olhar, a partir de sua tela de convivência dentro da comunidade e/ou ciclo em que vive.Usamos o termo ‘CINEMA POSSÍVEL’ como extensão de nosso pensar no que tange à necessidade de comunicação abrangente, utilizando formas diferenciadas, inovadoras e criativas de contar uma história.” Jiddu Saldanha (Guru do PIUM FILMES)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Piuns na Mostra "Iconoclássicos"


A Casa Fora do Eixo Amapá, em parceria com o Itaú Cultural, realiza no período de 23 a 27/04/2013 a Mostra "Iconoclássicos".

Os filmes são divididos em cinco programas que falam sobre artistas brasileiros contemporâneos, todos eles grandes referências para a produção cultural do país, sua obras são um legado para as novas e futuras gerações. As sessões iniciam a partir das 19h, no auditório da Biblioteca Pública Elcy Lacerda (AP), com entrada gratuita.

Todas as produções audiovisuais exibidas contarão com a participação de agentes e produtores culturais do Amapá, que debaterão os filmes.

Estaremos em dois momentos, particularmente:

25/04 - "Daquele Instante em Diante", sobre o  músico Itamar Assumpção.


27/04 - "Ex isto", sobre o escritor Paulo Leminski.


Saiba mais linkando em:
http://novo.itaucultural.org.br/programe-se/agenda/evento/?id=68107

Na sessão do dia 23/04, sobre o dionisíaco Zé Celso Martinez Corrêa, impossível discordar de Bárbara Vento quando disse: " O Brasil só está assim porque só existe um Zé Celso. Ele é uma pessoa necessária, porque quebra paradigmas."


Na sessão do dia 24/04, Cristiana Oliveira, debatedora do filme "Assim é se lhe parece", sobre o consagrado artista Nelson Leirner, assim se exprimiu: " O documentário de Carla Gallo dialoga com a ironia e as referências pop são sentidas na trilha sonora, na tipologia das legendas e, até, nas perguntas que dividem  o filme de acordo com o discurso do artista. 'As iniciativas criadas pelos diversos coletivos de artistas, de maneira quase que emergencial, estariam dentro ou fora da forma como é pensado o sistema de arte?' E 'Existe um sistema?' foram alguns dos questionamentos surgidos. Temos que ampliar este debate e pensar se já não seria o momento da criação de um espaço em que obras de artistas, sejam artistas que já produzem há 20, 30 anos, sejam os artistas que estão começando agora, pudessem ser exibidas para um público que não costuma ter acesso a arte em si, mas apenas através de reproduções de sala de aula, quando isso. Que estas obras pudessem ser visitadas pelas escolas, criando um diálogo entre o ensino e a produção de arte. Talvez, o Centro Cultural no local do Macapá Hotel seja o primeiro indício de mudanças na forma de se pensar a arte. Torçamos por isso!"


Adriana Abreu, em 25/04, na sessão "Daquele dia em diante", sobre o músico Itamar Assumpção, pontuou: " o filme de Rogério Velloso é ágil e ocupa a intimidade de Itamar e de seus parceiros. São espaços como a cozinha, onde na trivialidade de passar o café ou temperar a comida, histórias e experiências sobre Itamar Assumpção desprendem-se. Sem contar com imagens, entrevistas, declarações, shows do próprio artista, tudo disposto de maneira diligente e acessível. O que aprender com Itamar? Especialmente - no meu caso - quando se sai da condição de espectadora e consumidora de arte para produtora e artista: ampliar sempre o repertório, trabalhar em parceria, ser fiel a sua concepção estética. E, se possível, deixar a mais digna constatação no coração e na mente dos que ficam: 'não havia nenhuma fresta de contradição entre o que pensava e fazia'. "


domingo, 3 de março de 2013

Seminário Arte e Cinema: aproximações e fissuras

Pium Filmes participará do Seminário realizado pelo NUFOC (Núcleo de Fotografia Contemporânea) da Universidade Federal do Amapá. Faremos um relato das experiências de trabalhos híbridos que criamos com a mistura da Literatura, Cinema e Fotografia.


Acompanhe a programação:

SEGUNDA - 04/03/2013
*Manhã (9h às 12h) - credenciamento
*Tarde (14h às 18h) - credenciamento
*Noite (19h) - mesa de abertura (Coordenação do Curso de Artes Visuais, Univercinema; ABDeC e Jorane Castro)

TERÇA - 05/03/2013
*Manhã (9h às 12h) - exibição do filme "Virgens Suicidas"
*Tarde (14h às 18h) - Mostra Jorane Castro

QUARTA - 06/03/2013
*Manhã (9h às 12h) - exibição do filme "Encontros e Desencontros"
*Tarde (14h às 18h) - Palestra sobre a Lei 12.485/2011, com Ana Vidigal

QUINTA - 07/03/2013
*Manhã (9h às 12h) - exibição do filme "Marie Antoinette"
*Tarde (14h às 18h) - Mesa de debate sobre Arte e Tecnologia, com Prof. M.Sc. Aldrin Vianna (UNIFAP);Karen Pimenta (CAFE/AP); Prof. M. Sc. Cristiana Nogueira (NUFOC)

SEXTA - 08/03/2013
*Manhã (9h às 12h) - exibição do filme "Um lugar qualquer"
*Tarde (14h às 18h) - Mesa de debate sobre Arte e Cinema: Prof. M.Sc. Ivan Andrade (UNIFAP);Adriana Abreu e Herbert Oliveira ( Tatamirô e Pium Filmes); Prof. M. Sc.Cristiana Nogueira (Univercinema e NUFOC)
*Noite (19h às 21h) - Palestra sobre o Fundo Setorial do Audiovisual - Ana Vidigal

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Django, a paisagem e a música

Por Herbert Emanuel


Desde  muito cedo, quando adolescente, duas coisas me chamavam a atenção nos filmes de western: a paisagem e a música. A planície árida ou gélida, a minas, as grandes pedras, os abutres, os povoados eram personagens para mim como era também a música: dramática, telúrica, apoteótica. Por um punhado de dólares, Johnny Guittar, Django - com Franco Nero -, lembro muito mais da música e da paisagem do que propriamente da história.















Nelson Brissac, no seu livro "Cenários em ruínas", mostra como este tipo de filme produz uma figura emblemática do imaginário contemporâneo: o homem de lugar nenhum - "absorvido pelo espaço ao redor, ele se integra à paisagem. É mineral. A planície vai até o  horizonte: um grande país, a única coisa maior é o céu. The Big Sky. O deserto é onde esse homem sem lugar encontra seu lugar. (...) Aquele que anda pelo deserto, o homem da planície, luta para afirmar quem ele é: para defender sua família, para vingar uma afronta, para sustentar a sua honra."
















Assistir ao filme de Tarantino, Django Livre, fez-me relembrar isso e revisitar o excelente livro de Nelson Brissac. Tarantino consegue, com maestria, mostrar a sua versão desse gênero de filme. Há tudo que se espera de um bom Western: a geografia, a música, a duelística história, evidentemente: violência, preconceito, vingança, amor, justiça, e tudo isso com uma boa dose de humor, bem peculiar desse diretor, que por conta mesmo desse humor cínico é bastante criticado - não conseguem entender sua seriedade gaiata.



Gostei tanto do filme que acabei compondo uma música. Há algum tempo, venho trabalhando com poesia sonora e música digital. Para isso, utilizo-me de vários sintetizadores virtuais: Fm8, West Africa, da Native; alguns sequenciadores sonoros da internet: o Untitled Song - Soundation Studio, que é bem legal; e,  também, outros brinquedinhos. Ouça Canção para Django.