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O PIUM filmes é um movimento em prol do cinema. Somos núcleo do Cinema Possível no Amapá. “Para nós, cinema é uma coisa prática e feita de forma possível dentro das circunstâncias em que o cineasta está envolvido e, portanto, fazedor do espetáculo. Ele cria o seu próprio olhar, a partir de sua tela de convivência dentro da comunidade e/ou ciclo em que vive.Usamos o termo ‘CINEMA POSSÍVEL’ como extensão de nosso pensar no que tange à necessidade de comunicação abrangente, utilizando formas diferenciadas, inovadoras e criativas de contar uma história.” Jiddu Saldanha (Guru do PIUM FILMES)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EM MACAPÁ, FERROADAS DE PIUM



Por Adriana Abreu

O PIUM Filmes participou ativamente da programação audiovisual em comemoração ao aniversário de Macapá.

No início da semana de homenagens, dia 02/02/2011 (quarta-feira), no SESC-Centro, Paulo Rocha e Renan Gibson exibiram o vídeo preparado com poemas do livro Xarda Misturada e uma sequência de fotos antigas da cidade, algumas contendo haigas (haicai especialmente feito para dialogar com uma imagem).
O poeta Herbert Emanuel atravessando a Cândido Mendes.
Dia 04/02 (sexta-feira), estávamos na projeção dos videoartistas da cidade que aconteceu no Cine Paraíso. Conhecemos uma turma talentosa, como a Fiama do Coletivo Psicodélico, cujas imagens distorcidas, marcadas pela enérgica trilha, reforça a tensão psicológica provocada pelo vídeo e como o trio de Artes Visuais da UNIFAP: Adriana Pantoja, Carla Antunes, Rahí Brazão que exploram a dimensão impressionista do real. Para nós, este encontro foi um presente. Agradecemos o convite ao Daniel Nec e a Jenifer Nunes, agentes do núcleo durável do Coletivo Palafita.


No dia seguinte (05/02), atendendo ao convite do Gerente do MIS-AP Alexandre Brito, fomos ouvir a palestra “História das salas de cinema de Macapá” proferida pelo historiador Edgar Rodrigues e, também, prestigiar a Mostra de Filmes realizados em nossa cidade. Fizemos parte da roda de conversa dos realizadores: eu, porque sou atriz coadjuvante do Curta “Me dá um abraço” do diretor Regi Cavalleiro, e, o Herbert , além de ser um dos entrevistados, também ajudou na produção do documentário “Poetas do Amapá”, feito especialmente para o Programa Entrelinhas da TV Cultura. Os realizadores confirmaram o desejo e o compromisso de fomentar a produção audiovisual amapaense.



Domingo foi dia de Cine Paraíso. Herbert foi o comentarista do filme Waking Life - um filme cabeçudo – disse o Alexandre, brincando (leia o comentário na postagem “Cinema: sombras elétricas 2”). A proposta deste longa de animação dirigido por Richard Linklater é explicitamente filosófica e a técnica empregada na composição das cenas nos causa uma certa náusea, como bem pontuou  a Deyse. A equipe de 30 animadores de Bob Sabiston desenhou em cima de cenas gravadas: rotoscópio, este é o nome da técnica, além de conferir o aspecto de câmera nervosa à filmagem.

Gostamos de tudo. A patota do audiovisual mandou bem! Essa semana de ferroadas foi demais!!

Confira abaixo o vídeo apresentado pela parceria Pium Filmes e Tatamirô Grupo de Poesia na programação de aniversário de Macapá.

CINEMA: SOMBRAS ELÉTRICAS 2

SONHOS E SOMBRAS
Por Herbert Emanuel


O Filme Waking Life do diretor Richard Linklater  é protagonizado por um jovem que não consegue acordar de um sonho e, neste estado onírico,  passa a encontrar pessoas da “vida real” com quem  tem  longas conversas filosóficas e religiosas sobre os vários estados da consciência humana, principalmente a relação sonho x realidade. O filme aborda esta questão a partir de referências filosóficas desde  Platão, passando por Nietzsche, Descartes, Kierkegaard até Sartre, com algumas pitadas de pós-modernismo.

Embora, o filme tenha essa interessante articulação, ele peca pelo discurso excessivamente didático e prolixo, tornando-se até mesmo um pouco chato. Para mim, ele vale pela técnica, pela referência metalinguística a outros filmes e pela tentativa de explicitar certos conceitos filosóficos para um público mais jovem, utilizando-se da linguagem de animação. Particularmente, penso que longas de animação que não foram feitos com este propósito, como Mary e Max, Toy Story, Coraline, Walle e outros, conseguem suscitar, de forma mais rica, questões de natureza existencial e filosófica.

De qualquer maneira, fica a sugestão de que todos devem assistir para tirar suas próprias conclusões.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011