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O PIUM filmes é um movimento em prol do cinema. Somos núcleo do Cinema Possível no Amapá. “Para nós, cinema é uma coisa prática e feita de forma possível dentro das circunstâncias em que o cineasta está envolvido e, portanto, fazedor do espetáculo. Ele cria o seu próprio olhar, a partir de sua tela de convivência dentro da comunidade e/ou ciclo em que vive.Usamos o termo ‘CINEMA POSSÍVEL’ como extensão de nosso pensar no que tange à necessidade de comunicação abrangente, utilizando formas diferenciadas, inovadoras e criativas de contar uma história.” Jiddu Saldanha (Guru do PIUM FILMES)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cinema: cultura de paz, de direitos, de liberdade e autodeterminação

Por Adriana Abreu

Como integrante do PIUM Filmes e professora de Escola Pública jamais poderia me isentar de proporcionar a mim e aos meus alunos um encontro único com a sétima arte como foi no mês de novembro a passagem por aqui da 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.


A Escola Estadual Tiradentes, onde leciono, é uma das Escolas-piloto do Ensino Médio Inovador implantado pelo MEC. Todos os dias tenho aulas com as mesmas turmas durante um semestre. As turmas convidadas a prestigiarem a Mostra foram duas classes  do primeiro ano: 112 e 114. Sem correr frequência ou atribuir nota, os estudantes foram assistir aos filmes do dia 14 de Novembro de 2011 por genuína vontade.


Escolhemos a sessão das 16h e assistimos ao curta brasileiro ACERCADACANA de Felipe Peres Calheiros que mostra a coragem destemida da Senhora Maria Francisca, única a resistir à expulsão das 15 mil famílias da Zona da Mata de Pernambuco, lutando bravamente contra a expansão do latifúndio canavieiro.

Tão impactante quanto foi ver o longa-metragem A OCUPAÇÃO, filme da Colômbia, co-produção EUA-França. Nele, os diretores Angus Gibson e Miguel Salazar conseguiram expor material inédito da intervenção catastrófica do exército colombiano sob o comando do Coronel Alfonso Plazas Vega contra os guerrilheiros do grupo M-19 que tomaram de assalto o Palácio da Justiça em Bogotá. A reação do governo e dos militares resultou num campo de batalha, onde cerca de 100 pessoas foram mortas, entre elas 11 magistrados da Corte Suprema, e 12 corpos desapareceram. Em junho de 2010, 15 anos depois da tragédia, o Coronel Plazas foi condenado a 30 anos de prisão, ainda não cumpridos.

Foi uma tarde de convivência e aprendizado.Tornamos-nos parceiros de outras incursões como a que fizemos neste mês (02/12/2011) na Galeria de Artes do SESC-AP.


A aluna Andreza Gil Costa e Costa (15 anos) confirma nossa satisfação com seu depoimento sobre a Mostra feito especialmente para o blog do PIUM:

“Tive a oportunidade de assistir a alguns dos longas  e curtas exibidos na 6ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul que realmente soube mostrar através dos filmes importantíssimos valores ao ser humano de todas as idades. Filmes capazes de nos ensinar contando uma história distante, mas de um sofrimento que pode estar perto da gente e ser sentido e ainda demonstrado em lágrimas, ou nos mostrar a história de pessoas que foram expulsas de seus lares, de seu campo e de suas próprias vidas, sobrando – como no caso do curta ACERCADACANA – uma senhora que luta por seu lar, pelo lugar que respira há 40 anos.”


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