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O PIUM filmes é um movimento em prol do cinema. Somos núcleo do Cinema Possível no Amapá. “Para nós, cinema é uma coisa prática e feita de forma possível dentro das circunstâncias em que o cineasta está envolvido e, portanto, fazedor do espetáculo. Ele cria o seu próprio olhar, a partir de sua tela de convivência dentro da comunidade e/ou ciclo em que vive.Usamos o termo ‘CINEMA POSSÍVEL’ como extensão de nosso pensar no que tange à necessidade de comunicação abrangente, utilizando formas diferenciadas, inovadoras e criativas de contar uma história.” Jiddu Saldanha (Guru do PIUM FILMES)

domingo, 17 de julho de 2011

FILMES PARA O RES

Sessão 3


Uma das influências indiretas sobre a minha poesia vem justamente da Poesia Concreta, mais especificamente dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos. O poeta Mário Faustino foi um dos primeiros a reconhecer a importância do movimento concretista para a poesia brasileira. Aliás, não só a brasileira, pois, uma das grandes singularidades desse movimento foi a sua dimensão internacional, influenciando poetas de outros países.

Seu centro de criação e irradiação foi o Brasil. Haroldo de Campos, junto com seu irmão e o amigo Décio Pignatari criaram um novo conceito de poesia e de tradução. A poesia como um artefato verbovocovisual e a tradução como transcriação, onde poeta-tradutor recria, ou melhor, transcria, na sua língua materna, o poema que advém de outra.

Como artefato verbovocovisual, a poesia concreta rompe com o verso tradicional e passa explorar a palavra em todas as possibilidades – visual, sonora, gráfica, dialogando, inclusive, com outros suportes para além do livro.   Se hoje podemos falar de hiperpoema, poemas multimídias, poéticas digitais etc., isso se deve às contribuições teórico-experimentais dos concretos.   
                                                 
Um dos prazeres que gozei este ano, em companhia dos parceiros “tatamirôs” Adriana Abreu e Paulo Rocha, foi o de conhecer a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, um dos últimos casarões da Paulista conservado com sua arquitetura eclética, do início do século XX.  É o primeiro espaço publico destinado à poesia, justamente batizado com o nome deste poeta paulistano, falecido em 2003. E há realmente toda uma atmosfera poética que poderíamos literalmente denominar de concreta: o velho casarão em meio à agitação febril e urbana do centro de São Paulo.  O velho-novo, arado por Haroldo, com aromas rosapoundianos, muito bem captados pela câmera do Cinema Possível de Adriana Abreu neste vídeo intitulado RES IST E.

Herbert Emanuel

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