Por Herbert Emanuel
O Filme Waking Life do diretor Richard Linklater é protagonizado por um jovem que não consegue acordar de um sonho e, neste estado onírico, passa a encontrar pessoas da “vida real” com quem tem longas conversas filosóficas e religiosas sobre os vários estados da consciência humana, principalmente a relação sonho x realidade. O filme aborda esta questão a partir de referências filosóficas desde Platão, passando por Nietzsche, Descartes, Kierkegaard até Sartre, com algumas pitadas de pós-modernismo.
Embora, o filme tenha essa interessante articulação, ele peca pelo discurso excessivamente didático e prolixo, tornando-se até mesmo um pouco chato. Para mim, ele vale pela técnica, pela referência metalinguística a outros filmes e pela tentativa de explicitar certos conceitos filosóficos para um público mais jovem, utilizando-se da linguagem de animação. Particularmente, penso que longas de animação que não foram feitos com este propósito, como Mary e Max, Toy Story, Coraline, Walle e outros, conseguem suscitar, de forma mais rica, questões de natureza existencial e filosófica.
De qualquer maneira, fica a sugestão de que todos devem assistir para tirar suas próprias conclusões.
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